Documento faz parte dos encaminhamentos definidos em audiência pública, realizada na Assembleia, para tratar sobre os prejuízos causados pela interrupção no fornecimento elétrico no estado.
Prejuízos nos lares, empresas, indústrias e na agricultura. As frequentes quedas no fornecimento de energia no estado e seus impactos para a sociedade paranaense foram discutidos em audiência pública nesta segunda-feira (18), na Assembleia Legislativa do Paraná.
Durante o evento no Plenarinho, os deputados apresentaram dados e consequências provocadas pelas interrupções de energia. “Só no ano passado, a Copel recebeu mais de 28 mil pedidos de ressarcimento. Destes, apenas 7 mil foram atendidos e o restante da população ficou sem esse atendimento”, citou a deputada Luciana Rafagnin.
“Momento de indignação pelo descaso e desrespeito. A ausência da Copel mostra que a prioridade é entregar lucro aos acionistas. Água e energia não são mercadoria e transformaram nossa energia em uma mercadoria fajuta”, disse o coordenador geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado do Paraná (Fetraf-PR), Elizandro Krajczyk.
Presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (Senge), Leandro Grassmann, considera que houve deterioramento na qualidade do fornecimento. “Depois da privatização, em agosto do ano passado, teve 41% a mais de interrupção de energia elétrica e 55% mais tempo de reparo. Passou de 4 horas para 6h36 o tempo médio de reparo. Dados também mostram que 56% das unidades consumidoras que sofreram queda de energia estão na área rural e o tempo de reparo nesta área tem sido absurdamente alto. Em 2023, tivemos mais 25 mil unidades consumidoras por mais de dois dias sem energia elétrica”.